oi, amor.
há quanto tempo não te vejo. mentira, te vi por trás das árvores segunda-feira. enquanto me escondia ali em praça pública, no sol de meio dia.
mas faz tempo que não te vejo.
é estranho ver uma foto sua. porque parece que não te conheço mais. parece que te desconheço. eu nunca tinha passado pelo processo de desconhecer alguém. mentira. aconteceu isso com minha melhor amiga. mas dela não sinto falta. fui deixando de querer por perto. você eu ainda quero.
eu escrevi vários docs desde a partida a ruptura a cisão a separação o término. eu inventaria novas palavras para chamar isso que não temos mais. porque eu te amo e uma música cafona vem à minha mente. porque somos fomos seremos sempre complicados demais. e eu não acredito que não demos certo. eu não acredito que nossos defeitos venceram eu não acredito que nossos pecados falaram mais alto eu não acredito que me sabotei na nossa relação. sinto falta da sua voz. sinto falta do cheiro gosto de tabaco. sinto falta da minha visão predileta na humanidade: você dançando. sinto falta do seu toque delicado. sinto falta do seu jeito bruto. minha garganta voltou a doer esses dias. emoção condensada na laringe. e agora todo mundo que ler meus poemas vai saber que são sobre você; preciso de uma nova ex.
de preferência, mulheres. cansei de homens fazendo estragos em minha vida. (alô, papai!) mas se bem que minha mãe também teve a cota dela. então deixa pra lá.
oi, amor. está na hora de dizer tchau.