O filme que me fez chorar
Não que eu seja o tipo de pessoa que raramente chora em filmes. Ou o contrário disso. Acho que exerço um nível razoável de choro, dentro dos limites humanamente aceitáveis. Por exemplo, não lembro a última vez que chorei assistindo um filme. E não vou continua esse tópico, por receio de lembrar algum e perder todo meu argumento.
O fato relevante para essa história: acabei de assistir Yesterday.
Fiquei entusiasmada com o trailer, quando vi há um tempo, antes da estreia. Até que uma colega do trabalho foi ao cinema e disse que o filme não era nada demais. Decepcionada com essa grande crítica feita por uma especialista, desistir de assistir.
Eu deveria saber que nossas opiniões não correspondiam, porque ela é uma grande fã de Game of Thrones. Enquanto que o único trecho que assisti dessa série foi durante a aula de experiência estética, na faculdade, quando o professor achou de bom tom rodar a cena onde um gigante pressiona e esmaga o olho de um homem até a morte. Nunca superei a cena e provavelmente nunca assistirei Game of Trones depois disso, apesar de achar George R. R. Martin um senhor bem simpático.
Mais nesta tarde de sábado, fugindo de um dos temas que me atormentam — o TCC — resolvi dar a chance pra um filme bobo. Eis que surge Yesterday e eu não apenas gostei do filme inteiro como tive um choro compulsivo no momento em que cantaram All You Need Is Love (isso não é um spoiler se você considerar que o filme é sobre os Beatles, é óbvio que teria All You Need Is Love).
Eu diria que essa música é o lema da minha vida, se eu não esquecesse dissso com tanta frequência.
Em resumo, a humanidade faz muita coisa errada fugindo do fato simples e patético (ou poético, depende da sua ideologia de vida) de que humanos precisam se sentir amados. E quando isso não acontece, a situação fica muito, muito feia, ruim mesmo.
Você já deve ter esbarrado pela hipótese que se Adolf Hitler tivesse sido aceito na escola de artes ele não teira causado uma tragédia a nível extracontinental. Não que todo mundo vá se tornar o próximo ditador alemão apenas porque foi rejeitado. Mas coisas realmente esquisitas acontecem dentro da mente do ser humano. Por que, Freud? Por quê?
E isso me fez lembrar do poema que escrevi para meu avô, talvez a única pessoa que tenha feito eu me sentir amada na vida. Fica aqui a sugestão de leitura. Será que isso me autoriza ou me proíbe surtar?