No bad vibes
Oct 18, 2020
Abraçada ao azulejo de baixo do chuveiro, Cazu grita em meus neurônios
“E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados, eu ando tão down”
vai, faz poesia com essa dor.
Como Morfeu flertando com Neo
levanto as mãos
de um lado desistir de tudo
do outro fazer o que eu quero.
Assustada com as duas possibilidades.
Pego o caminho do meio, mais por indecisão do que por coragem.
A água estava pelando e continuei no banho.
Dez horas da noite.
Um dia ruim se foi.
Já posso riscar de vermelho a data no calendário.
É um puta privilégio estar viva pra reclamar da vida.
Agora estou assim, contando ninharias.