Não aceitar mais nada além de poesia e rima
--
Vestida de vento
a provocar tempestades
vulcão de erupção cutânea
besta frívola que me inunda
e eu deito
no leito
da maré invisível do teu olhar.
Desabrigo
encontro a fome da alma
e sacio com desejos irreversíveis
com calma
demora
retorna
dança
em movimento
irrefreável.
Sua poesia resplandece em mim
e você me ajuda a finalmente enxergar
o invisível que sempre busquei.
Agora eu sei onde fica o caminho de casa
ao bailar em pedregulhos
nem sente o áspero
só vislumbro
o além
que nem conto de infância.
Eu me propus
voltar a ser criança
e você me chama pra brincar
eu corro
com alma
pulante
me faz mergulhar
de novo
em qual infinito nos encontramos
você me convida a olhar e eu vejo
poesia em tudo.