gozo mórbido de dizer: ainda estou aqui…
dormi 3 da manhã, assistindo série para ocupar a depressão. agora estou depressiva e sonolenta no trabalho.
é a primeira vez que declino de um atividade artística, para priorizar o que me paga as contas. ultrapassei os limites da sanidade para tentar equilibrar tudo — o desejo X a necessidade — e esse tudo acabou desmoronando em cima de mim.
burocracias de seguro-desemprego e outros cálculos de quanto tempo sobreviveria em #SÃOPAULO sem um emprego fixo me levaram a quase loucura. a um esgotamento mental e físico.
foi uma perda dolorosa. tão dolorosa quanto a de um ex-amor.
essa dor vai me ensinar algo, me convenci. não vai ser avançando meus limites que vou realizar meus sonhos. que ingênuo achar que o mundo foi feito para que humanos realizem seus sonhos.
agora há pouco, descobri que um colega do trabalho foi demitido.
a sonolência e a depressão, por fragmentos de segundo, foram embora do meu corpo. parecia que eu tinha vencido algo. eu continuei aqui, em um lugar que estava tentando não mais estar. e o colega, que queria continuar no jogo, saiu da partida.
eu não sei o que a gente ganha nessa guerra. talvez, mais um mês pago de aluguel e wifi.
até lá, continuo aqui.