Come on baby, light my fire.
Uma parte de mim gosta de me machucar. Uma parte de mim preferia me destruir, até não sobrar um pedaço. E então fazer um novo começo. Uma nova eu.
Eu entendo bastante de autodestruição. Pena que não estou mais indo pra terapia, tempos de pandemia.
Desculpa a rima. Perdoa as faltas, os excessos, de peso, pelos, defeitos, espinhas. Desculpa não ser perfeita, não ser da forma que te agrada. É que eu não gosto do jeito que você grita comigo. Não considero um bom metodo de ensino.
Hoje eu fiquei chateada. Hoje eu briguei por nada. No fim, as coisas que odeio são as que fazem de mim quem sou. Flosofia barata soa melhor num boteco. Mas eu não sairia de casa nem com ausência de crise humanitária. Eu não bebo. Não dou gargalhada alta. Evito chamar atenção pros meus defeitos. Deus me livre, vai que alguém repara em mim, vai que alguém me ama. Não tenho nem autoestima pra isso. Não saberia explicar pra minha terapeuta, como é que de uma hora pra outra eu achei normal existir. Ser feliz não estava nos planos. A meta era aumentar os danos, reduzir qualquer chance de alegria. Pra que viver contente e sadia, mais fácil ficar doente, depender de medicamentos, eu escrevo melhor quando estou depressiva. E poesia é fundamental. Fantasia é minha chama. Não venha apagar meu fogo. Eu gosto de Doors desde a infância.