10 de abril de 2017

Texto perdido no Drive

Gabi Blenda
2 min readDec 4, 2024
Foto de Neven Krcmarek na Unsplash

De alguma forma a vida é um grande colégio, com os populares e os excluídos. Não fui convidada pra festa bacana. Fico do lado de fora assistindo gente entrando e saindo. Não quero ter que mudar quem sou para ser apreciada; outro cabelo, outro corpo, um pouco mais de simpatia e audácia. É bem ruim estar viva no período histórico da timeline. “E até pra morrer você tem que existir.” O que é que você quer na vida? Um duelo interno entre o ego superficial e o self profundo. Cá estou eu embaralhando teorias. Embaralhando rotinas. Sem ganhar as cartas do jogo. Sem saber seguir as regras. Me deixa, mas não me esquece. “Please, don’t see. […] Please, see me”. Esta geração que continua fazendo metáforas com estrelas. Estão todas mortas. O brilho é uma ilusão de ótica, um erro no espaço-tempo entre nós e a incandescente. Maldito Einstein por nos influenciar com sua mania de relatividade. Eu não sei o que estou dizendo, mas preciso falar cada uma dessas palavras. Mesmo se eu continuar não entendendo nada. Espero não desistir de entender e ficar conformada. Desejo agora é apagar na cama, o sono sagrado que me faz esquecer das teorias. Maldito Platão, que nos ensinou sobre o mundo das ideias, esse lugar impossível de alcançar. Bendita seja a esperança.

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Gabi Blenda
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